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Novidades Literárias #01 - Lançamentos
Essa é para ficar antenado aos lançamentos das suas editoras favoritas!
Vamos,à primeira editora:
A audácia dessa mulher - Ana Maria Machado
Vencedor do Prêmio Machado de Assis, da Biblioteca Nacional - melhor romance de 1999
"O romance de Ana Maria Machado certamente contribui para que percebamos como o passado e o presente podem cruzar-se, na mesma cidade, em contextos sociais diferentes, para atualizar os temas universais do amor, da traição e da morte." - Sergio Paulo Rouanet.
A audácia é um romance sobre o amor e o ciúme, a fidelidade e a rebeldia. Construída em camadas, conta a história de Bia e Virgílio que, nos dias de hoje, se conhecem durante a produção de uma minissérie histórica para a TV e logo iniciam uma relação amorosa. Em paralelo, Bia recebe de Virgílio um diário misterioso, de uma jovem do século XIX, escondido nas páginas de um antigo livro de receitas de família. Ao conduzir essas - e outras - histórias, que se ramificam e se entrelaçam, Ana Maria Machado compõe um livro que discute o próprio ofício do escritor.
Bia conhece Virgílio numa reunião inusitada. Ambos foram convidados para conversar com Muniz, um autor de telenovelas que prepara seu próximo projeto: uma minissérie ambientada no século XIX. Ela é jornalista especializada em turismo; ele, um arquiteto e dono de restaurante. Muniz acredita que suas habilidades podem ajudá-lo a criar o cenário que ele procura, mas eles não sabem ao certo como poderiam colaborar.
O encontro, porém, rende desdobramentos inesperados. Bia e Virgílio se envolvem, parecem se entender muito bem, mas aos poucos a relação deles começa a ser contaminada pelo ciúme.
Enquanto acompanhamos suas crises e dúvidas, Ana Maria Machado traça, com maestria, outras narrativas: o desenvolvimento de Ousadia, a minissérie histórica, e a descoberta de um diário de uma jovem do século XIX, que promete revelar verdades inesperadas sobre um caso de ciúmes e separação pelo qual ela passou.
Para Ana Maria, escrever A audácia dessa mulher foi "uma grande experiência de liberdade, um exercício de derrubar fronteiras". A autora define também seu romance como "uma celebração do poder da palavra, que traz personagens fictícios para o convívio com pessoas reais, de carne e osso, por sua vez também fictícias, convivendo com leitores reais."
Existem crocodilos no mar - Fabio Geda com tradução de Joana Angélica d'Avila Melo
Editora:
"Um livro belíssimo, que lança luz sobre a dignidade de um ser humano e a coragem de sobreviver.” – Vanity Fair
“Um relato de uma extraordinária delicadeza” – La Repubblica
“Comovente. Irônico. Admirável.” – Grazia
A história real do menino que cruzou a Ásia para escapar dos talibãs
Enaiatollah Akbari, 22 anos, revela que atravessar o Paquistão, o Irã, a Turquia e chegar à Europa, depois de ser abandonado pela mãe, de cair na rede do tráfico humano e de viajar durante dias trancado num caminhão com dezenas de homens sem banheiro, não teve nada a ver com coragem. "Foi sorte", explica. Existem crocodilos no mar, bestseller italiano que conta sua vida, parece ficção, mas é a história verídica do menino afegão que foi abandonado pela mãe numa cidade nova, num país estranho, aos dez anos de idade. Sair do Afeganistão era sua única esperança de sobrevivência. Akbari deixou a escola e as brincadeiras infantis para embarcar numa odisseia por dois continentes.
"Quer saber? O fato é que eu não esperava que ela fosse embora de verdade. Não quando você tem 10 anos e ela o põe para dormir à noite. (...) Mesmo que sua mãe, antes de colocá-lo para dormir, tenha segurado sua cabeça, apertando- a contra o peito por um tempão, mais do que de costume, e dito: Três coisas você não deve fazer na vida, Enaiat jan, por nenhum motivo. A primeira é usar drogas. (...) A segunda é usar armas. (...) A terceira é roubar. O que é seu lhe pertence, o que não é seu, não. Seja acolhedor e tolerante com todo mundo. Prometa que fará isso. Prometido", conta Akbari.
Cinco anos mais tarde, Enaiatollah pôs os pés em um novo continente, sem quebrar nenhuma de suas promessas, e retomou seus estudos e sua infância. Depois de conhecer Fabio Geda, resolveu lhe contar sua incrível história de sobrevivência e superação. Durante oito meses o jornalista italiano conversou com Akbari e escreveu o que se transformou em um sucesso de vendas que em breve ganhará uma versão cinematográfica.
O livro começa quando a mãe de Enaiatollah, viúva há quatro anos, leva o filho para o Pasquitão com medo que os pashtun (etnia afegã) o tomem como escravo. "Todos os dias eram difíceis. Em cinco ou seis anos tive medo. Quando atravessei a montanha ou viajei dentro do caminhão durante dias com pouca água, foi muito duro. Mesmo a primeira viagem para entrar no Paquistão", conta o menino.
A biografia romanceada é interrompida por diálogos verídicos entre Enaiatollah e o jornalista. "Não queria que o leitor se esquecesse de que era uma história verdadeira. É também uma forma de relembrar a importância de escutar os outros, de contar histórias. Dedicamos pouco tempo escutando as pessoas. Este livro é um modo de transformar a massa dos imigrantes clandestinos que vemos nos jornais em histórias mais próximas, com um rosto", explica Fabio.
Existem Crocodilos no Mar reflete a geografia árida do preconceito, constituindo um relato pessoal de acontecimentos dramáticos, amizades verdadeiras e sonhos singelos de um menino que só queria ter uma vida normal. Sua força interior e seu senso de humor são provas de que nem as mais terríveis adversidades são capazes de roubar o sorriso e a inocência da infância.
Infâmia - Ana Maria Machado
Editora:
Vencedora do Prêmio Machado de Assis, da
Academia Brasileira de Letras
Em Infâmia, romance inédito de Ana Maria Machado, a escritora questiona os artifícios e as calúnias que com tanta frequência encobrem a verdade no mundo atual. O romance narra duas histórias em paralelo, centradas numa família de diplomatas e seus amigos mais próximos.
Manuel Serafim Soares de Vilhena é um embaixador aposentado, patriarca de uma família bem-sucedida de diplomatas. Com problemas de visão, aguarda o agendamento de uma cirurgia. Enquanto isso, Camila, a filha de um casal de amigos, o visita com frequência, para ajudá-lo a ler livros e jornais. Tudo parece bem na casa dos Soares de Vilhena. Mas o aparecimento de um envelope com documentos antigos traz à tona os fantasmas que há tempos assombram a família. Na pasta, há fotos e fragmentos de textos de Cecília, filha do embaixador, que morreu anos antes em circunstâncias misteriosas.
Mas esse não é o único núcleo narrativo do romance: o embaixador recebe também as visitas de Jorge, um fisioterapeuta jovem, cujo pai, que trabalha numa repartição pública, é acusado injustamente de participar de um esquema de corrupção. Aos poucos, eles se verão presos a uma rede de falsas acusações, num turbilhão kafkiano que só pode levar à tragédia.
Em Infâmia, Ana Maria Machado entrelaça fatos da história recente do Brasil em que a verdade, em meio a distorções e calúnias, nem sempre prevalece. O resultado é um livro coeso sobre as múltiplas faces da realidade nos dias de hoje.
O Menino que descobriu o vento -
Bryan Mealer e William Kamkwamba
Editora:
"O êxito de William Kamkwamba com a energia eólica deveria servir como modelo do que uma pessoa, com uma ideia inspiradora, é capaz de fazer para enfrentar a crise que atravessamos. Uma história comovente e empolgante." - Al Gore, Prêmio Nobel da Paz
"Uma história lindíssima, que despe a vida de tudo o que é acessório." - Publishers Weekly
"Um moinho de vento significa muito mais que poder, significa liberdade."
Nascido no Malauí, um dos países mais pobres da África, William Kamkwamba sempre acreditou num futuro diferente ao de seus familiares. Em 2001, quando tinha 13 anos, a região onde morava foi assolada por uma seca e a plantação de sua família acabou devastada. Sem poder pagar os oito dólares anuais por sua educação, William foi forçado a deixar a escola e a ajudar a família num momento em que milhares de pessoas pelo país morriam de fome. Apesar de todos os obstáculos, o adolescente encontrou numa pequena biblioteca próxima a sua casa o caminho para persistir em seus sonhos.
O testemunho do jovem autodidata que, com muita curiosidade e imaginação, conseguiu vencer as adversidades para melhorar a vida de todos a sua volta é o mote do livro O Menino que Descobriu o Vento. Nele, William conta como descobriu pela leitura dos livros o funcionamento dos moinhos de vento. O menino decidiu apostar num projeto audacioso: construir um aparato para oferecer à família eletricidade e água encanada, luxos aos quais apenas 2% da população do Malauí têm acesso.
Ao utilizar materiais improvisados, recolhidos em ferros-velhos, William conseguiu construir dois moinhos que mudariam sua vida por completo. "Não podia aceitar aquele destino como futuro", aponta o autor sobre o que o motivou a persistir na ideia por quatro anos.
Logo, a notícia do magetsi a mphepo - seu "vento elétrico" - espalhou-se para além dos limites de sua casa, e o garoto, uma vez chamado de louco, tornou-se uma inspiração para o mundo. A partir daí, o feito de William ganhou o boca a boca e o jovem foi convidado para falar sobre sua experiência no TED Global (instituição nãogovernamental especializada em dar espaço para divulgação de novas ideias).
"Mesmo sem poder frequentar a escola, ia com regularidade a uma biblioteca e, ainda que tivesse dificuldade para ler em inglês, conseguia compreender os livros por meio de imagens e diagramas. Dessa maneira, pude construir um circuito elétrico que seria o primeiro passo para o moinho", explica William, que foi taxado de louco por amigos e parentes. "Respondia às pessoas dizendo que o moinho existia nos livros e que, portanto, era um sonho possível", sentencia.
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