Começa hoje a Feira de Livros de Frankfurt
Começou nessa quarta-feira 10, na Alemanha, a 63ª Feira de Livros de Frankfurt. Com cerca de sete mil exibidores de mais de 100 países e 3200 atividades – como debates e palestras sobre o mercado editorial -, o evento é considerado o maior e mais importante do mundo no segmento.
Um verdadeiro ponto de encontro dos vários intervenientes do circuito do livro: autores, ilustradores, tradutores, editores, distribuidores, agentes literários, bibliotecários, bem como interessados em geral.
Diferentemente das bienais e das feiras do Brasil, na Feira de Frankfurt o principal objetivo não é a compra de livros. Dos seus cinco dias de duração, quatro deles são dedicados ao comércio entre editoras, apenas o último – domingo 14 – é aberto ao público. O foco são os editores internacionais e o que se negocia durante o evento é a possibilidade de publicação de títulos nos mais diversos idiomas.
De certo modo, os contratos fechados ao longo da feira determinarão o que os leitores espalhados pelo mundo poderão encontrar nas livrarias de seu país pelos próximos meses ou até mesmo anos. E a movimentação é intensa: os acordos começam antes da feira e em alguns casos só são concluídos depois que os profissionais do mercado editorial já regressaram à sua terra natal.
Convidado de honra
A primeira Feira de Frankfurt ocorreu em 1949 e todo ano, desde 1976, um convidado de honra é homenageado. Este ano foi a vez da Nova Zelândia, com o slogan “Enquanto você dormia”, brincando com o fato de ser um dos primeiros no mundo a ver os dias nascerem e como se dissesse que há muito acontecendo por lá e o mercado ainda não notou. Mais de 300 eventos– como leituras, exposições de arte, e produções teatrais – e quase 70 autores, entre eles Lloyd Jones, Alan Duff e Paul Cleave, representarão o país. Em 2013 será a vez do Brasil.
Para este ano nove autores brasileiros representarão o país – seis a mais do que em 2011. São eles: Alberto Mussa, Andrea del Fuego, Cristovão Tezza, João Paulo Cuenca, Luiz Ruffato, Marina Colansanti, Michel Laub, Roger Mello e Milton Hatoum. Os custos da viagem serão financiados pelo Ministério da Cultura e, além dos escritores, participam da mostra 46 editoras com catálogos de 2.596 títulos.
Alternativas digitais
O debate sobre o livro digital já estava presente nos anos anteriores, mas nesta edição da feira ganha um espaço maior. Temas como financiamento coletivo via internet, autopublicação e digitalização ocupam boa parte das atividades agendadas para o evento.
Ainda, um concurso selecionará cinco projetos narrativos inscritos em sites de financiamento coletivo. O prêmio será divulgado na feira, o que garantirá visibilidade ao autor.
Cinquenta tons de cinza
O maior interesse em alternativas digitais não é coincidência. É natural que seja assim num ano em que o maior fenômeno de vendas é a trilogia erótica Cinquenta Tons, lançada de forma independente na web antes de virar um best-seller mundial - já são mais de 40 milhões de exemplares vendidos no globo.
E ao que tudo indica, o segmento de literatura erótica vai encher as prateleiras do Brasil nos próximos meses. Pelo menos 25 obras desse estilo já foram compradas ou começaram a ser negociadas pelas editoras brasileiras. Não vai faltar editora tentando emplacar eróticos, inclusive títulos antigos e antes ignorados.
Fonte: Carta Capital
1 comentários
Tudo de melhor sai desta feira todo ano.
ResponderExcluirMas ainda acho que tem que tomar muito cuidado com esse lance de erótico. Tem até coisas boas por aí, leituras hot que eu adoro, como a série SENHORES DO MUNDO SUBTERRÂNEO, mas tem muita porcaria vindo por aí. Espero que a feira ajude a selecionar melhor!!!
Bjkas
Obrigada pela visita! Sua participação é muito importante.