Canalha, Substantivo Feminino - Martha Mendonça
Em Canalha, Substantivo Feminino, Martha subverte o clichê de gênero que coloca homens e mulheres sempre nos mesmos papéis, mostrando que a mulher, quando quer, sabe muito bem como ser canalha. A canalhice não é um privilégio masculino.
Elas não estão com raiva e não querem vingança. Não são a ex-mulher que aliena os filhos dos pais ou a ex-namorada que arranha todo o carro do cara quando leva um pé-na-bunda. Apenas não conseguem deixar de ser... canalhas. Agem por prazer, por necessidade de manipular e se dar bem.Em seis relatos fictícios, as controvertidas anti-heroínas Larissa, Cristina, Ângela, Diana, Ingrid e Mariana - de diferentes gerações e em diferentes contextos, mas unidas por uma mesma, incontrolável e terrível inclinação - relatam, na primeira pessoa, aonde sua natureza amoral as levou.
O lugar comum literário que coloca o homem no papel de cafajeste e enganador se inverte nas páginas de "Canalha, Substantivo Feminino" (Record, 2011), da escritora Martha Mendonça. Na obra, a autora dá vida a seis histórias curtas protagonizadas por mulheres fatais que conseguem driblar os joguetes masculinos e serem piores do que eles.As anti-heroínas têm idades e personalidades diferentes, mas possuem o mesmo traço comum da amoralidade e falta de escrúpulos. Nos relatos, contam as aventuras e tragédias para as quais o comportamento as levou.
E antes que machistas de plantão digam que são mulheres ressentidas em vingança contra mágoas do passado, a escritora deixa claro que as personagens agem por prazer. Elas são possuídas pelo desejo incontrolável de manipular e mentir para se saírem bem.
Por isso, não resistem à vontade de trair o homem perfeito, fazer sexo com o marido da amiga desligada, viver às custas de um otário e até o extremo de acabar com a vida de um sacaneador.
Martha também é autora de "Eu e Você, Você e Eu" e "Mulheres no Ataque".
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