|Resenha| Deixe a Neve Cair - John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle @editorarocco
"Na noite de natal, uma inesperada tempestade de neve transforma uma pequena cidade num inusitado refúgio para insuspeitos encontros românticos.
Em Deixe a neve cair, bem-sucedida parceria entre três autores de grande sucesso entre os jovens, John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle escrevem três hilários e encantadores contos de amor, com direito a surpreendentes armadilhas do destino e beijos de tirar o fôlego. Comédia romântica com a assinatura de um dos maiores bestsellers da atualidade, o livro é o presente de Natal perfeito para os fãs de John Green e de histórias de amor e aventura."
Três motivos me fizeram escolher Deixe a neve cair como companheiro do fim de semana. Em primeiro lugar: é um livro de contos, gênero pelo qual sou fã de carteirinha. Segundo: gosto muito de livros que tem como tema central o Natal. Terceiro: Entre os autores que assinam o livro eis o nome que inevitavelmente ganha destaque em caixa alta; estamos falando obviamente de John Green, o nerd mais queridinho deste e possivelmente de outros planetas.
Em Deixe a neve cair, bem-sucedida parceria entre três autores de grande sucesso entre os jovens, John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle escrevem três hilários e encantadores contos de amor, com direito a surpreendentes armadilhas do destino e beijos de tirar o fôlego. Comédia romântica com a assinatura de um dos maiores bestsellers da atualidade, o livro é o presente de Natal perfeito para os fãs de John Green e de histórias de amor e aventura."
Três motivos me fizeram escolher Deixe a neve cair como companheiro do fim de semana. Em primeiro lugar: é um livro de contos, gênero pelo qual sou fã de carteirinha. Segundo: gosto muito de livros que tem como tema central o Natal. Terceiro: Entre os autores que assinam o livro eis o nome que inevitavelmente ganha destaque em caixa alta; estamos falando obviamente de John Green, o nerd mais queridinho deste e possivelmente de outros planetas.
Esses três motivos já seriam suficientes para escolher o livro em questão, mas o que de fato me intrigou foi de que maneira os três autores iriam abordar o tema e consequentemente interligar suas respectivas histórias.
O primeiro conto chama-se O Expresso Jubileu, escrito pela autora Maureen Johnson. Nunca li nenhuma obra da autora e por esse motivo não tinha nenhum parâmetro a seguir. Navegando em águas totalmente desconhecidas me joguei na narrativa de Maureen e, por graças ao “santo protetor das narrativas titanescas” me lancei ao mar com um colete salva-vidas.
Maureen apresenta uma narrativa que facilmente poderia ser um romance, já que a característica principal do conto não se faz presente. Longo e extremamente entediante, O Expresso Jubileu não se parece em nada com um conto propriamente dito. Até certo ponto compreendi o “equívoco” da autora já que o tema Natal permite tantas interpretações. Acredito que Maureen tenha se perdido no meio da tempestade de neve.
O Encontro Jubileu conta a história de Jubileu Dougal, uma jovem de aproximadamente 17 anos que se vê completamente sozinha na véspera de Natal. Os pais de Jubileu são colecionadores fanáticos da cidade do Papai Noel Flobie. E graças a todo esse fanatismo por meras peças de cerâmica que os pais de Jubileu são detidos em plena véspera de Natal.
Jubileu não tem outra saída a não ser passar o dia de Natal com seus avós na cidade da Flórida. Só que a viagem de Jubileu reserva muitas surpresas já que a pior nevasca de todos os tempos está a cair sobre a cidade. Contrariada, Jubileu segue viagem rumo à casa de seus avós. Como é de se esperar muitos contratempos irão surgir para a infelicidade da mocinha. Longe de Noah, o namorado que não lhe dá a mínima e, presa dentro de um vagão de trem com 14 líderes de torcida, o caos está instalado.
O Expresso Jubileu sofre pequenos altos e baixos ao longo da narrativa. Jubileu é uma personagem cansativa. Aliás, cansativo mesmo foi o tempo dedicado a explicar a origem do nome da personagem. Diversas vezes a autora retoma o assunto e tenta justificar para o leitor o motivo pelo qual os pais de Jubileu lhe batizaram com tal nome.
Fora o desperdício de tempo Maureen segue a cartilha direitinho. Os personagens principais são marcantes, a começar por Stuart, um verdadeiro anjo que cai sobre a vida de Jubileu. Os personagens secundários também colaboram para o bom desenvolvimento da narrativa. O que podemos destacar no conto de Maureen é a sua habilidade em transformar histórias que tendem a ser um grande fiasco e, é exatamente isto que a autora milagrosamente faz com seu conto.
O Expresso Jubileu começa meio que arrastado, caminha a passos trôpegos e na reta final ganha força e faz o leitor vibrar de emoção. Oh...yeah!!!
Pra ser sincera não gosto muito do recurso utilizado pela autora. Esse negócio de esperar que algo de bom possa acontecer à narrativa para que ela obtenha um final feliz não é muito minha praia. E conto que é conto tem que ser curto. Achei totalmente inoportuno a existência de doze capítulos. Tirando todas as ressalvas em relação ao nome da personagem o conto poderia ser um pouco mais curto como realmente deveria ser.
No geral Maureen levará um crédito por todo seu esforço. Caso surja uma nova oportunidade de ler outro de seus trabalhos lá estarei para reavaliá-la.
No segundo momento da leitura eis que chegamos ao conto do nosso queridinho John Green. Bem, vamos lá. Primeiramente, juro não me derreter toda vez que pronunciar seu nome. Tarefa difícil de ser cumprir, hein!
Em O Milagre da Torcida de Natal conhecemos três amigos inseparáveis: Tobin, Duke e JP. Os três amigos estão reunidos na casa de Tobin em plena véspera de Natal e mais uma vez a nevasca é responsável pelo encontro dos personagens. Neste conto, os pais de Tobin também estão ausentes na noite de Natal, só que nesse caso, os pais de Tobin estão presos em Boston por causa da nevasca. Sem conseguir um voo de volta para casa só o que resta aos pais de Tobin é desejar que o filho comporte-se até que eles possam retornar. Tobin, Duke e JP planejam assistir uma maratona de filmes de James Bond na TV, mas Keun interrompe os planos de Tobin e seus amigos.
Tobin recebe uma ligação de Keun que o convida para ir à Waffle House onde trabalha. Lá estão presentes as 14 líderes de torcida mais gostosas que todo rapaz almeja. A balbúrdia está instalada. Tobin e JP não pensam duas vezes. Munidos de muita testosterona os rapazes nem sequer notam a insatisfação de Duke em relação ao convite.
Duke é uma jovem que não segue os padrões estéticos femininos da sociedade. Na verdade é o seu estilo próprio que faz Duke ser tão especial. Bem diferente das líderes de torcidas, Duke convive muito bem com sua aparência e personalidade forte. A única coisa que realmente a incomoda é a indiferença de Tobin em relação a ela. Tobin e Duke são amigos desde o colegial e JP compõem o trio. A saga de Tobin e seus amigos começam na tentativa em sair de casa debaixo de toda aquela nevasca. A partir daí que começa a saga de Tobin e seus amigos ao encontro das 14 líderes de torcida.
Assim como no conto de Maureen, o ambiente onde se passa todos os acontecimentos é a lanchonete Waffle House. É lá que todos os personagens principais se encontram e dão partida para suas histórias independentes. É nesses lugares como a Waffle House e a Starbucks que acontecem encontros inesperados.
No conto de John Green o destaque vai para os personagens apaixonantes e bem construídos e, para o desenrolar da narrativa como um todo. O conto poderia facilmente chamar-se “ O Maravilhoso Mundo de John Green”. Sempre tão particular em criar personagens bem humorados e totalmente encantadores.
Tobin é a coisa mais fofa do mundo. A seu lado está Duke, uma jovem forte e espirituosa que merece todo seu espaço na história e, JP, o amigo esquisito e engraçado que todo mundo desejaria ter. Incrivelmente talentoso John Green brinda o leitor com um conto digno de lágrimas no rosto. Sabe aquele sorrisinho meio canto de boca, inicialmente tímido e que logo se transforma em um : _ Ahh..que lindo! Então, é exatamente assim que ocorre durante a leitura de O Milagre da Torcida de Natal!
Preciso dizer que John Green é homem pra casar! Hum...será que tenho muitas concorrentes?
Deixemos minha leve esquizofrenia de lado para retomar os pontos relevantes da leitura.
É incrível a sensibilidade do autor em discutir num curto espaço de tempo alguns assuntos que sempre estão presente em suas narrativas: o amor que supera todos os obstáculos, o valor da amizade, entre outros pontos que fazem de John Green o que ele é. SUPER, HIPER, MASTER POWER DE TODOS. Um dos melhores autores da literatura mundial! Yeah!! Sim! Toda essa euforia é totalmente justificável. Basta ler Deixe a neve cair para comprovar e se apaixonar pelo conto do autor. O melhor de todos, é claro! Não apenas por ter sido escrito por John Green e, sim porque é um conto PERFEITO! Bem escrito, repleto de fortes emoções e indiscutivelmente bem construído. Preciso dizer mais?
Como nem tudo são flores na vida eis que chegamos à leitura do terceiro conto: O Santo Padroeiro dos Porcos. O título desperta a atenção de imediato, mas sinto informar que para por aí.
Nunca li nada de Lauren Myracle e, provavelmente esta será a primeira e última sua obra a ser lida. Ao contrário de Maureen, Lauren não faz nada para prender a atenção do leitor durante sua narrativa. Desde o início a autora enterra literalmente o leitor embaixo de um bloco de neve, aliás, Deixe a neve cair sobre o conto de Lauren Myracle e enterre-o seria uma boa ideia. Acredito que algum talento a autora deva possuir, pois se não o tivesse jamais teria sido convidada para escrever o livro em questão. O fato é que muita coisa me incomodou em sua escrita.
Lauren quer ser sarcástica e engraçada ao descrever o comportamento de sua personagem principal, mas de fato isso não acontece. Addie é uma chata de galocha. Extremamente fútil e desequilibrada, Addie é uma garota super mimada que acaba de ser “dispensada” por seu namorado Jeb.
Para amenizar a narrativa temos a companhia de Tegan e Dorrie, duas amigas que estão de saco cheio do seu jeito egoísta e superficial.
Como nos outros contos o desenrolar da narrativa se dá a partir da véspera de Natal. Addie está muito deprimida por causa do término do namoro e a única coisa que lhe resta é trabalhar. E, isso não é nenhum fardo para quem não tem ninguém para lhe aquecer numa noite fria de Natal. Addie trabalha numa Starbucks. Tem lugar mais gostoso para se trabalhar numa noite de nevasca?
Mas como o próprio nome do conto deixa escapar algum tipo de milagre ou santo está para despertar.
Lauren Myracle convida o leitor a refletir sobre diversos temas relevantes tais como: a caridade, a importância da amizade, a sinceridade, entre outros assuntos que se conectam os três contos. Mas no caso de Lauren o tiro sai pela culatra. O conto em si é pouco atraente para não dizer tedioso. Os diálogos são extremamente mal construídos tornando os personagens ainda mais chatos. Addie por exemplo, repete a palavra droga inúmeras vezes, no mesmo momento que se intitula como tal. Neste ponto concordo em gênero, número e grau. Addie é literalmente uma droga! O conto é uma droga!
Mas nem tudo está perdido para Lauren. Temos Dorrie e Tegan, as duas amigas de Addie para salvar o que resta da narrativa e, Jeb claro, que retorna ao fim da história para justificar tanta lamúria. A narrativa de Lauren começa mal das pernas e no final termina de muletas. Totalmente inválida e desnecessária.
E o que os três contos tem em comum além do tema proposto?
Os três contos apresentam a história de jovens personagens que tem a oportunidade de mudarem o trajeto de seus destinos. Cada um carrega em si uma experiência particular sobre o significado do Natal. Sendo assim podemos tirar a seguinte conclusão ao final da leitura do livro: o Natal é definitivamente a melhor data para se manifestar o amor. O espírito natalino está presente em todos, mas são poucos os que reconhecem o seu verdadeiro significado. Vale a leitura apesar dos pequenos deslizes apresentados, pois todos os autores envolvidos estão de parabéns pelo que se propuseram a fazer.
Agora, se todos os fizeram bem, aí são outros quinhentos.
A edição do livro está impecável a tirar pelas páginas brancas do livro que dificultam um pouco a leitura. Pouquíssimos erros de ortografia foram detectados ao longo do livro. Nada que pudesse atrapalhar o seu entendimento. A capa do livro é um charme a parte. Em suma, Deixe a neve cair merece um lugar na sua estante.
Autores: John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle
10 comentários
Eita que resenhão!!
ResponderExcluirQue pena que o terceiro conto não te agradou :( isso é chato!!
Mas valeu a pena no final né? Colocando na balança...
Ganhei o livro e quero muito ler pra tirar minhas conclusões.
Adorei flor!!
Bjkas
Lelê Tapias
http://topensandoemler.blogspot.com.br/
Oi Miga,
ResponderExcluirAh quando vi que você estava lendo esse livro fiquei mega empolgada pela sua resenha hehe..sabe né? Somos gêmeas literárias.
Assim como você amo contos, e quando ganhei esse livro de presente..fiquei muito feliz.
Confesso que escolhi ele mais pelo John Green, não conheço os outros escritores, mas quem sabe conseguem suprir minhas expectativas, vi que gostou mais do conto do meu autor escolhido..heheh acho que sim miga você tem muitas concorrentes..
Parabéns por esse resenha 10 :D
Beijos
Mari - Stories And Advice
Oi Zi
ResponderExcluirQue interessante, não sabia que esse livro é de contos... parece ser muito bacana, gosto de livros de contos :)
Tem resenha nova no Escuta Essa
http://escutaessa.blogspot.com.br/2014/02/resenha-o-visconde-que-me-amava-de.html
Beijinhos
Renata
Escuta Essa
Eu não sabia que era um livro de contos, e sinceramente não sou fã de livros do gênero, mas esse com certeza despertou o meu interesse! Será que vou gostar?
ResponderExcluirAté o próximo post!
Lu do Blog Apaixonada por Romances
Eu apenas preciso desse livros :(
ResponderExcluirBeijos da Di
Parte de Minha História
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Olá Zilda,
ResponderExcluirEsse livro parece bem interessante, não tinha muita idéia dele até ler sua resenha....dica anotada...abraços.
devoradordeletras.blogspot.com.br
Adorei Zilda a resenha!!! E tb gosto muito de livros que tenha o Natal como tema! Contos não são muito minha praia, mas essa eu leria com toda certeza, porque parece ser fofo, emocionante e fantástico!
ResponderExcluirOi Zilda, não sabia que este livro era de contos, por incrível que pareça, acho que nunca olhei a capa com atenção...
ResponderExcluirbom, dos três autores o que eu mais gostei foi do John Green, esse da Maureen parece ser um pouco chato.. Gosto dos livros com clima de natal, mais não leria este livro e agora eu nem desejo mais..
A capa é linda!!
Um Beijo Mila
http://www.dailyofbooks.blogspot.com.br/2014/02/resenha-o-segredo-de-ella-e-micha.html
Já tinha ouvido falar nesse livro, me atraí por ele por causa da capa e pelo nome do John Green na capa, haha.
ResponderExcluirEstava procurando uma boa resenha desse livro e achei aqui em seu blog; precisava de uma visão geral e bem detalhada como a sua. Me encantei com seu blog e sua escrita.
Beijos,
chuvadeejaneiro.blogspot.com
Olá Zilda! Não conhecia o livro, parece bem tocante. E contos são sempre bem vindos, priciplamente quando são de diversos autores.
ResponderExcluirAdorei a resenha!
Bjos
Ni
Cia doLeitor
Obrigada pela visita! Sua participação é muito importante.