|Resenha| A Garota do Calendário, Fevereiro - Audrey Carlan @VerusEditora

by - sábado, outubro 29, 2016


Terminei de ler A Garota do Calendário: Janeiro bem animada. Criei uma expectativa enorme em relação ao segundo livro e !... quebrei a cara! Que merda! Eu e minha mania de criar expectativas em relação as coisas. Fiquei ansiosa pra saber se a autora continuaria com o mesmo pique, aí me vem ela, com um francês chato de galocha, metido a fodão e tudo aquilo pra quê? Só pra me deixar fula da vida. Sei que estou sendo muito dramática, mas é que eu não imaginava o quanto Audrey Carlan poderia me decepcionar.



Após completar seu primeiro mês de trabalho como acompanhante de luxo ao lado de Wes, agora Mia embarca para Seatle para seu próximo cliente: o artista francês Alec Dubois. Mia ainda não havia se recuperado emocionalmente da temporada que passara na companhia de Wes. Ele oferecera ajuda para quitar a dívida do pai e, em troca, Mia jamais precisaria trabalhar como acompanhante de luxo novamente, mas Mia não se deixou levar pela emoção e optou por embarcar para seu novo destino.

Ao chegar no estúdio de Alec, Mia já demonstra desconforto e insegurança. Ela não sabia muito bem o que esperar e nem o que Alec desejava. Em meio a telas e artistas nus, Mia se viu diante de uma situação muito constrangedora. Alec havia lhe contratado para ser a musa dele durante um mês, ou seja, Mia deveria passar o tempo todo nua à sua disposição. Inicialmente Mia não tinha escolha. Ela deveria servir às vontades de Alec ainda que não compreendesse perfeitamente seu papel. Apesar de toda sua beleza Mia não lidava muito bem com sua autoestima. Ela se sentia exposta, vulnerável e, Alec teria de trabalhar todos esses aspectos para conseguir o sucesso de seu projeto.

Alec era homem muito focado no trabalho e Mia sentia um certo desconforto em sua presença. Sentir-se atraída por Alec era completamente normal já que o cara esbanjava charme e sedução. Contudo, Mia não conseguia deixar de comparar Alec com Wes. Os dois não tinham absolutamente nada em comum, pelo contrário, Alec tinha apenas o trabalho como foco. Mia queria mais, óbvio. Com o tempo ela e Alec vão se conhecendo e a relação entre a musa e o artista vai se tornando cada vez mais íntima. A química entre eles é inegável e, a partir daí, eles viverão experiências que se tornarão inesquecíveis para ambos.

Confesso que não curti Alec. Aquela mania de ficar falando frases em frânces na hora H. Que coisa mais chata! A sua excentricidade também foi um dos pontos mais irritantes e irrelevantes da narrativa. Achei que soou falso. Eu esperava muito mais de Mia. Tive a impressão que ela era outra pessoa. No primeiro livro Mia tinha seus valores, era mais decidida e não se deixava levar tão facilmente. Em Fevereiro Mia não se impõe. Alec é um cara esquisito, por vezes rude e egocêntrico e Mia simplesmente aceita tudo de bom grado mesmo que algumas atitudes de Alec lhe causem tanto desconforto. O cara é irritante, começa a sussurrar um monte de “merde” em francês e pronto: calcinha molhada na certa, hora de abrir a guarda e as pernas. Me poupe! Mais criatividade Audrey, por favor! Você pode mais que isso.

Eu fico me perguntando o motivo de tanta superficialidade? Não consigo enxergar nada de relevante. Já li muitos livros do gênero e, muitos, eu digo muitos, cometem o mesmo erro. O livro expõe determinadas situações que poderiam ser facilmente exploradas, mas que infelizmente não foram bem trabalhadas. As cenas se resumem a orgasmos e diálogos pueris. É de se esperar que o sexo tenha o maior destaque, mas convenhamos que nós, leitores, esperamos encontrar algo um pouco mais próximo da realidade. As mulheres em sua grande maioria se tornam submissas instantaneamente. No caso de Mia isso fica muito evidente. Senti falta da construção do relacionamento criada no volume anterior.

A autora até tentou trazer um certo requinte para a obra descrevendo o trabalho artístico de Alec, mas infelizmente, ela não conseguiu se sustentar aos longo dos capítulos. Tudo deu errado nesse livro. Foi difícil estabelecer uma conexão com os personagens. Faltou empatia, coesão. Com uma narrativa rasa A Garota do Calendário: Fevereiro coloca em questão se devemos ou não dar continuidade à série.

Era para seguir a mesma linha, Audrey. Já estamos fartos de tantos orgasmos múltiplos e relações vazias. A Garota do Calendário: Fevereiro é uma overdose de orgasmos, frivolidades, diálogos toscos e nada mais.

Quero dizer que apesar de todos os pontos negativos darei uma nova chance a série pois acredito que pode ter sido apenas um escorregão. Sou otimista já que temos tantos meses pela frente para nos surpreender. Quem sabe no mês de Março haja outro boy magia para superar Wes. Quem sabe? Tenhamos fé que Alec foi apenas uma experiência ruim, tanto para Mia quanto para nós, meros mortais.






Sinopse: "Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato. A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser. Em fevereiro, Mia vai passar o mês em Seattle com Alec Dubois, um excêntrico artista francês. No papel de musa, ela vai embarcar em uma jornada de descobertas sexuais e lições sobre o amor e a vida que permanecerão com ela para sempre."



Título: A Garota do Calendário: Fevereiro (livro 02)
Autora: Audrey Carlan
Série A Garota do Calendário
Editora: Verus
Nº de páginas: 135

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